Foi a melhor e mais importante ferramenta que encontrei para lidar com as crianças no consultório dentário, graças à Prof Doutora Patrícia Gaton da Universidade de Barcelona.
Neste conceito, o médico dentista ou odontopediatra começa por "catalogar" os pacientes em alto risco, moderado ou baixo, utilizando para isso um questionário de avaliação específico.
Nele investiga-se todas as condicionantes individuais, desde a alimentação à técnica de escovagem, dos fatores hereditários aos medicamentosos, passando pela medição do PH, fluxo e consistência da saliva e estrutura do esmalte.
Todos estes fatores, em maior ou menor quantidade e qualidade formam o "cocktail" necessário ao aparecimento da cárie.
Então esta avaliação que se faz na primeira consulta, além ajudar os pais a entender a razão das cáries e a sua prevenção dá-nos tempo para o mais importante: conhecer a criança, e ela a nós.
Damos-lhe tempo de nos conhecer e ambientar-se ao Gabinete Dentário, sem entrar logo nos tratamentos dentários, tão receados pela criança e pelos pais. Desta forma estabelece-se o vínculo entre a criança e o odontopediatra, que é a base da confiança para as consultas seguintes.
É FUNDAMENTAL QUE A CRIANÇA SAIA DA 1ª CONSULTA COM A MELHOR IMPRESSÃO POSSÍVEL, POIS SÓ TEMOS UMA OPORTUNIDADE PARA UMA BOA PRIMEIRA IMPRESSÃO.
Iniciar a abordagem pela colocação das restaurações, é fazer pouco ou nada pela progressão da doença. Então na Mínima Intervenção inicia-se pela PREVENÇÃO. Atua-se primeiro quimicamente, e só depois mecanicamente.
É necessário primeiro o trabalho diário em casa, e só depois o especializado no consultório. Isso cria compromisso e trabalho de equipa entre pais, criança e odontopediatra.
Compromisso = Ação = Sucesso
A meu ver, a Mínima Intervenção é um pequeno passo para as famílias, um grande passo para a erradicação do medo de dentista da nossa sociedade.
Pelas próximas gerações.
catarina cortez | odontopediatria
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