quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Como cuidar do teu aparelho durante o Natal?

O período Natalício é aquele em que comemos mais vezes num menor espaço de tempo, sendo que 90% das refeições não são as habituais, nem muito menos saudáveis.

Normalmente nesta altura do ano aumentam exponencialmente as deslocações de urgência às consultas de Ortodontia porque "saltou o arco", "a mola partiu", o bracket descolou", "a banda está a mexer", "falta o elástico"...etc...

Seguem-se algumas dicas para passares um Santo Natal junto da tua família, sem parecer que tens uma bicicleta com as correntes soltas na boca:




1 - não comer BROAS!!!!

2 - escovar os dentes após cada almoço/jantar. Isso evita que continues sempre a comer o que já não precisas, e a tua balança também agradece.

3 - se não tiveres hipótese de escovar procura comer uma maçã (já partida). A fricção da maçã nos dentes e no aparelho remove a maioria da placa bacteriana.

4 - diz não às BROAS!

5 - se colocaste o aparelho há menos de 1 mês, este Natal vai ser diferente. Faz as refeições o mais cuidadas possível, à base de alimentos pastosos ou de consistência mole e com pouco açúcar. Ainda estás a aprender a comer com aparelho, dá-te tempo.

6 - mastiga devagar

5 - come porções pequenas de cada vez, evitando dar dentadas demasiado grandes. Quanto mais alimentos estiveres a mastigar, menos controlas onde eles batem.

6 - BROAS NÃO!!!!

7 - no circo/parque de diversões come algodão doce, PIPOCAS NUNCA!

8 - bolo Rei parece que agora não traz brinde, mas eu não arricava...

9 - azeitonas, só descaroçadas

10 - E EVITA COMER BROAS. Caseiras, industriais, de mel, de avelã, da avó ou da tia.

FELIZ NATAL E OBRIGADA A TODAS AS FAMÍLIAS QUE ME CONFIAM O SEU SORRISO! 


catarina cortez | ortodontia

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Já marcou o rastreio ortodôntico do seu filho?

As férias são sempre uma excelente oportunidade para fazermos aquilo que vamos adiando ao longo do ano. São a ocasião perfeita para as crianças de 6 anos fazerem o seu 1º rastreio ortodôntico.

Nessa consulta são avaliados todos os parâmetros que influenciam o crescimento dos maxilares e das estruturas orais, tais como o tipo de crescimento facial, o funcionamento da musculatura oral, em função e em repouso, o tipo de respiração, o tamanho dos novos dentes em relação ao espaço disponível, etc.

Já reparou se o seu filho tem algum desvio no maxilar inferior, sempre para o mesmo lado? E os lábios, ficam bem selados quando a criança está em repouso ou permanecem sempre abertos? Os primeiros dentes definitivos estão a nascer no sítio certo?


Veja alguns exemplos de mal-oclusões que devem ser motivo de alerta: 







São apenas alguns exemplos de crianças de 6 anos com problemas que, a se manterem, só vão piorar. 
De qualquer forma é sempre necessária uma avaliação por um ortodontista pediátrico pois há problemas menos visíveis que passam despercebidos aos olhos dos pais.

O simples facto de respirarem mal pelo nariz, utilizando a boca para o efeito, leva a uma alteração no desenvolvimento dos maxilares, sendo neste momento uma das maiores causas para a necessidade de intervenções  ortodônticas precoces.

Já marcou o rastreio ortodôntico do seu filho? 

catarina cortez | odontopediatria

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

6 dicas simples para que o seu filho cresça sem cáries



1 - escovar os dentes de manhã

2 -  escovar os dentes antes de ir dormir

3 - não falhar nenhuma destas

4 - fio dentário se os dentes estiverem unidos

5 - não deixar a criança escovar sozinha

6 - escovar mesmo que a criança faça birra, esteja com sono ou com tosse ou com dores de cabeça ou com dores de cotovelo.




catarina cortez | odontopediatria

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

6 hábitos que deve ter para que o seu filho cresça sem cáries

1 - iniciar higiene oral à nascença
Quando o bebé nasce toma banho, lavam-se os olhos, ensinam-se a lavar as narinas com cuidado, as orelhinhas, as dobras e dobrinhas, os rolos e rolinhos. Porque não se limpa a cavidade oral? 
As dedeiras de silicone são o instrumento indicado mas pode ser com uma compressa húmida bem presa ao seu dedo. Deve limpar as gengivas do bebé desde o 1º banho, e a partir das 4-6 semanas passa para 2 vezes ao dia. Assim o bebé cresce adquirindo que a higiene oral é algo fundamental e bi-diário.




2 - Lave os Seus dentes 2 a 3 vezes/dia
Se os pais não o fazem, a criança não fará.

3 - Não compre doces sempre que a criança pede ou sempre que vai ao super-mercado
Tenha em casa comida saudável, e dessa, a criança deve comer a quantidade que quer e quando quer. Os doces são para as ocasiões especiais. 

4 - Aprenda o que são os doces!
Doces também são leite achocolatado, toda a gama de cereais para criança, bolachas, sumos de pacote, iogurtes com pepitas, iced tea, refrigerantes.

5 - Se quer amamentar, faça-o mas saiba como!
A amamentação considerada "tardia" é aquela que se faz até depois dos 6-8 meses. Tem os seus benefícios mas muitos riscos. Normalmente estas crianças mamam várias vezes durante a noite e voltam a adormecer com os dentes todos sujos de leite. O leite materno também tem açúcar. Escove-lhe os dentes após cada "refeição" senão o seu filho vai conhecer o som da broca cedo demais...

6 - Biberão antes de escovar os dentes.
O seu bebé adora o um leitinho antes de adormecer? Escove os dentes depois do biberão, não antes. "Mas ele desperta" responde-me a maioria. Crie o ritual de ir para a cama depois de escovar os dentes. Leia-lhe uma história, apague a luz e deixe-o adormecer a seu tempo. Tranquilamente. Não use "bengalas" e artefactos na hora deles dormirem. Pais tranquilos, bebés tranquilos.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Os 5 principais erros que os pais cometem na hora de escovar os dentes das crianças



Todas as semanas faço dezenas de entrevistas aos pais, questionando vários aspectos da rotina, higiene e alimentação de cada criança. Obviamente que quem faz o melhor que pode a mais não é obrigado, e é isso mesmo que tento salientar a cada conversa, a cada consulta. Há uma curva de aprendizagem para tudo, os pais não nascem ensinados, os filhos não vêm com livro de instruções e o pediatra não tem resposta para tudo.

 Falo nos erros dos pais, porque os erros dos filhos são aprendidos com os pais. O problema é que a curva de aprendizagem dos filhos é muito curta, tanto para as coisas boas como para as más:

Erro nº 1

A criança escovar sozinha.
Até aos 9 anos, idade em que frequenta o 4º ano do 1º ciclo a criança não compreende a tridimensionalidade da cavidade oral e dos dentes. Apenas após essa idade aprendem conceitos matemáticos como volumetria e profundidade, o que permite calcular mentalmente distâncias de objectos que não estão a ver naquele momento. É o pensamento abstrato.
Para limpar os nossos dentes, uma vez que não temos visão direta do objecto a ser limpo, é necessária aquisição de conhecimentos cognitivos que antes dos 9-10 anos não acontecem, e por conseguinte a criança não consegue nem deve ser incentivada a fazê-lo sozinha até ao fim.

Erro nº 2

A criança ir dormir sem escovar.
Muitas vezes os pais cansados, e os filhos cansadíssimos, chegam à cama (ou ainda no sofá) e caem redondos sem escovar os dentes.
Isto tem apenas um nome. Falta de organização. Deixam-se as crianças ficar acordadas até tarde demais para conseguirem executar as tarefas obrigatórias.


Erro nº 3

Achar que não é necessário fio dentário.
Se os dentes da criança estão todos unidos entre si, sem espaços, então precisa de fio ou fita dentária para remoção da placa bacteriana em zonas que a escova não chega. 


Erro nº 4

Escovar só à noite.
Muitos pais culpam a escola por a criança só escovar 1x/dia. Se os pais quiserem, os filhos também escovam de manhã. A escola não tem essa obrigação e se forem efectuadas duas boas escovagens por dia a criança não desenvolverá cárie dentária.
Se quiser escovar 3x/dia pode sempre fazê-lo quando chega da escola, às 17, às 18 ou às 19H.


Erro º 5

Colocar-se em frente da criança para escovar.
Já reparou onde é que o dentista se posiciona para visualizar todos os dentes dos pacientes? De lado ou atrás.
Coloque-se atrás do ombro do seu filho, e peça-lhe para inclinar ligeiramente a cabeça para trás. Assim consegue uma visão direta da maior parte dos dentes. Claro que nos superiores atrás terá de se inclinar um pouco para ver.
Quanto menos vê o que está a fazer, mais mal feito fica.


catarina cortez | odontopediatria 




sexta-feira, 28 de julho de 2017

As férias, os doces e os dentes....

Nas férias a maioria das crianças e adolescentes vêm à consulta com mais placa bacteriana que no resto do ano. É um facto.


Nas interrupções de Natal e Páscoa então é uma sinfonia de dentes partidos e aparelhos descolados por causa das amêndoas, ovos de chocolate, bolo rei, e por aí fora.

Na época estival os horários mudam, as crianças e adolescentes não se deitam à hora do costume, comem fora d´horas e para (não) ajudar há uma maior oferta/procura de gelados, pipocas, batata frita, bolas na praia, lambecas do Porto Santo, etc... etc...etc.

Que atire a primeira escova quem me diz que as escovagens nunca falham em férias.... :)

Sei bem o que é estar num hotel, tomar o pequeno-almoço - panquecas, crepes, bolos, sumos, batidos -  e ficar a espreguiçar na piscina o resto da manhã sem passar pelo quarto.

Regra geral consegue-se que os filhos escovem as duas vezes diárias, mas também sabemos que as noites se prolongam em passeios e brincadeiras e quando eles adormecem no carro vão direitinhos para a cama e só se tiram os sapatos e os calções.

Então deixo-te duas dicas para que não hajam surpresas nas férias, e não tenhas de ir a correr procurar um dentista numa cidade qualquer desconhecida porque o dente partiu ou o aparelho descolou. É mau para todos!

A primeira dica que te dou é para escovares os dentes com eles mesmo a dormir. Sem pasta para não ficarem todos "besuntados" e porque vão acabar por engolir o flúor.

Asseguro-te que qualquer criança, de qualquer idade deixa-se escovar os dentes sem acordar, depois de um dia inteiro de praia. É mais fácil do que pensas. Pelo menos tenta.

A segunda dica para aqueles dias em que vamos passar todo o dia a passear e não queremos levar a escova. Leva uma caixinha de pastilhas elásticas. Serve para crianças acima dos 4 anos. Devem ser daquelas que dizem na embalagem "sem açúcar". Mastigam durante 10 minutinhos depois de comer um doce, um chocolate ou um gelado e ao menos remove a placa bacteriana e anula os ácidos produzidos pelas bactérias.

E claro, eles adoram!

Cuidado não os deixes ir para a água com a pastilha, nem adormecer.

Boas férias a todos... com sorrisos lindos e saudáveis!!!



catarina cortez|odontopediatria





segunda-feira, 17 de julho de 2017

O meu filho tem pavor de ir ao dentista. E agora???

O meu filho tem pavor de ir ao dentista. E agora???



Muitas famílias deparam-se com este drama na hora de tratar a saúde oral dos filhos.

Vão a um dentista, por vezes a dois e três mas "ele ou ela não deixa fazer nada".

Há várias razões para isto acontecer, mas o motivo intrínseco por trás desta reação é apenas um: medo.

Claro que pode ter medo devido a experiências passadas, ou simplesmente medo porque é uma novidade. Medo pelo que já ouviu dizer, ou simplesmente porque nunca ouviu falar em dentistas na vida até agora que lhe coube a vez de ir.

Hoje não venho aqui
falar do problema e as suas causas, mas da solução.

Para este problema há 3 soluções:

1 - abordagem da criança pelo método da Medicina Dentária de Mínima Intervenção, sobre a qual já escrevi aqui

2 - tratamento sob sedação consciente com protóxido de azoto

3 - tratamento sob anestesia geral


Na grande maioria das crianças é possível "dar a volta" com a primeira opção. Mas cerca de 5% não resulta, ou as cáries estão tão avançadas que não dá tempo para esperar várias semanas até as tratar a todas.

Aí entra a segunda solução. Uma forma de sedar a criança com recurso a uma máscara nasal, e por essa razão só funciona em meninos minimamente colaborantes. Trata-se de uma sedação superficial, em que a criança fica ligeiramente ausente, diminuindo o sentimento de medo e as suas reações.
Para esta solução conto com a colaboração da Dra Joana Freitas, anestesista no Hospital do Funchal.

A terceira e última alternativa trata-se de uma sedação moderada a profunda com máscara laríngea, indicada para pacientes que não colaboram com a técnica de sedação com protóxido de azoto, mexendo-se demasiado e não respirando pelo nariz.
Uma vez que não trabalho com bloco operatório encaminho estes casos para o Dr Gil Alves e a sua equipa de anestesia, na Clínica Pateodente, no Funchal, devidamente equipada para a utilização desta técnica.


Seja qual for o grau de colaboração do seu filho/filha, saiba que há solução para todas as situações, e que o importante é ser devidamente diagnosticado e encaminhado.


catarina cortez | odontopediatria






sexta-feira, 14 de julho de 2017

Já conhece a Medicina Dentária de Mínima Intervenção?

Já conhece a Medicina Dentária de Mínima Intervenção?



Consiste numa forma específica de prevenir, diagnosticar e tratar a afeções da cavidade oral.

Foi a melhor e mais importante ferramenta que encontrei para lidar com as crianças no consultório dentário, graças à Prof Doutora Patrícia Gaton da Universidade de Barcelona.

Neste conceito, o médico dentista ou odontopediatra começa por "catalogar" os pacientes em alto risco, moderado ou baixo, utilizando para isso um questionário de avaliação específico.

Nele investiga-se todas as condicionantes individuais, desde a alimentação à técnica de escovagem, dos fatores hereditários aos medicamentosos, passando pela medição do PH, fluxo e consistência da saliva e estrutura do esmalte.

Todos estes fatores, em maior ou menor quantidade e qualidade formam o "cocktail" necessário ao aparecimento da cárie.

Então esta avaliação que se faz na primeira consulta, além ajudar os pais a entender a razão das cáries e a sua prevenção dá-nos tempo para o mais importante: conhecer a criança, e ela a nós.

Damos-lhe tempo de nos conhecer e ambientar-se ao Gabinete Dentário, sem entrar logo nos tratamentos dentários, tão receados pela criança e pelos pais. Desta forma estabelece-se o vínculo entre a criança e o odontopediatra, que é a base da confiança para as consultas seguintes.

É FUNDAMENTAL QUE A CRIANÇA SAIA DA 1ª CONSULTA COM A MELHOR IMPRESSÃO POSSÍVEL, POIS SÓ TEMOS UMA OPORTUNIDADE PARA UMA BOA PRIMEIRA IMPRESSÃO.

Iniciar a abordagem pela colocação das restaurações, é fazer pouco ou nada pela progressão da doença. Então na Mínima Intervenção inicia-se pela PREVENÇÃO. Atua-se primeiro quimicamente, e só depois mecanicamente.

É necessário primeiro o trabalho diário em casa, e só depois o especializado no consultório. Isso cria compromisso e trabalho de equipa entre pais, criança e odontopediatra.

Compromisso = Ação = Sucesso

A meu ver, a Mínima Intervenção é um pequeno passo para as famílias, um grande passo para a erradicação do medo de dentista da nossa sociedade.

Pelas próximas gerações.


catarina cortez | odontopediatria

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Quando o seu filho tem uma consulta no dentista, você deve sair ou ficar no gabinete? Saiba quando e porquê?



Na primeira consulta, mesmo que um menor já tenha ido a outros dentistas, o pai, a mãe ou outro encarregado da criança deve entrar. E ficar durante toda a consulta.

A 1ª vez é sempre aquela em que o médico vai colocar uma série de questões acerca da criança, por forma a fazer um correto diagnóstico e plano de tratamento. Então deve entrar um adulto (é mais que suficiente) e ficar até a consulta terminar, independentemente do que será feito.

Esta primeira visita é também aquela em que o odontopediatria vai "conquistar" (ou pelo menos tentar) a confiança da criança. Vai estabelecer um vínculo.

Eu costumo dizer aos pais, porque aprendi com a Magda Dias no livro "Berra-me Baixo", que não preciso de crianças obedientes. Preciso de crianças colaborantes. E elas só me vão dar esse privilégio se tiverem um vínculo comigo.

Por vezes esse vínculo estabelece-se de forma natural, logo na primeira consulta. Mas as crianças mais tímidas, reservadas ou que têm um "cordão umbilical" muito forte com as mães/pais, não estabelecem vínculo com estranhos assim tão rápido. Precisam de tempo. Estão envolvidas nos braços da mãe, não olham para nós e nem querem ouvir o que lhes estamos a dizer. Mesmo que estejamos apenas a elogiar aquela t-shirt do homem-aranha ou o rico vestidinho às flores com rendinha.

Então à semelhança da escola, em que os pais no 2º dia já não ficam, também na segunda consulta é recomendado o mesmo. Porque estando sozinhas connosco vêm-se obrigadas a ouvir-nos, e instantaneamente começam a desabrochar.

Parecem pequenas flores à espera das primeiras gotas de orvalho.
Como dizia o outro, no livro do grande pediatra Mário Cordeiro: isso é porque as crianças sabem bem distinguir os seus pais do resto dos animais.

Respondem às nossas perguntas com monossílabos que, cada um a seu tempo, se transformam em discursos.
É muito bonito observar a forma como cada criança no seu ritmo começa a interagir connosco mal os pais se ausentam. Permite-se desta forma que iniciem o seu caminho para "fora do ventre", à descoberta do mundo dos dentistas.

Então se o odontopediatra do seu filho pedir para desta vez aguardar na salinha ao lado, entenda isso como um sinal positivo de que este profissional sabe o que está a fazer e precisa de estabelecer uma relação/vínculo com a criança.

Se os pais escolheram um determinado odontopediatra, é porque confiam.

Mas não se esqueça de confiar também na pessoa mais importante do mundo: o seu filho.

Ele consegue. Confie.


catarina cortez | odontopediatria



terça-feira, 30 de maio de 2017

Qual a idade para levar uma criança ao médico dentista?


Antes de mais, respondo com uma pergunta. Ao médico dentista ou ao odontopediatra?

Qual a diferença? Muitas.


O médico dentista é um profissional licenciado em medicina dentária e creditado pela Ordem dos Médicos Dentistas para exercer a sua atividade. Esse profissional trata, cura e previne as doenças da cavidade oral e as suas estruturas, como dentes, gengivas, língua, osso alveolar, lábios e orofaringe.

O odontopediatra é um médico dentista que se especializou no tratamento das afeções da cavidade oral no bebé e na criança. A sua ação pode também abranger a grávida, pois nesta fase já se começam a prevenir algumas doenças da cavidade oral do bebé, nomeadamente a cárie que depende de bactérias transmissíveis.

Então respondendo à questão, deve levar o seu filho ao médico dentista a partir dos 14 a 16 anos. Depois de ter sido devidamente acompanhado por um odontopediatra, idealmente desde os 18 meses  de idade.

Levar uma criança de 3, 4 anos ao médico dentista é como levá-la ao cinema em filmes para maiores de 12. Até pode correr bem, mas é arriscado e contra-producente. Não é por acaso que é proibido por lei.

Eu já fui médica dentista generalista, e lembro-me de ter medo de pacientes com menos de 7 anos.

(Se és médico dentista já te estás a rir por esta altura, certo?)

O odontopediatra tem formação e ferramentas específicas para lidar com os mais pequenos, e não se deixa intimidar pelo choro do bebé ou da criança pequena.

Sabe o que doi, o que incomoda e o que não.
E a grande diferença está aqui.

Procure um odontopediatra para o seu filho. O médico dentista é para si.

catarina cortez | odontopediatria




quinta-feira, 11 de maio de 2017

O segredo 100% imbatível para tirar a chucha ao seu filho


Na primeira consulta de odontopediatria uma das questões que coloco aos pais está relacionada com o uso da chucha.

Muitas crianças ainda com 3, 4, 5 ou até mais anos ainda usam chucha. Obviamente os pais sabem que está contra-indicado a partir dos 2,5 anos por levar a alterações músculo-esqueléticas indesejadas dos maxilares, que por sua vez levam a mal-posições dentárias moderadas a graves.

Tudo isto é do conhecimento geral, e tenho a certeza que é um assunto amplamente abordado pelos pediatras e enfermeiras de saúde materno-infantil. 

E também educadoras, auxiliares, avós, vizinhas, outras mães, o dono do café, etc....

Mas mesmo assim há uma quantidade razoável de famílias que não consegue tirar a chucha no tempo certo.

E os filhos já nem usam na escola!

Então há uma ferramenta incrível que permite que você retire a chucha do seu filho, sem hipótese de retorno. Mesmo que ainda não tenha tirado na escola. É algo completamente imbatível que vai deixar até os piores xuxaólicos sem capacidade de resposta.

Preste bem atenção, os seus problemas estão prestes a terminar.

Essa ferramenta é: VOCÊ!

Sim. Isso mesmo. Você.

Quando VOCÊ decidir que é para a criança deixar de usar a chucha e tomar essa decisão de forma irrevogável e fiel a si próprio/a, verá que a chucha desaparece em 3 tempos, e para sempre.

Quando VOCÊ tirar a chucha ao seu filho, em vez de tentar, verá o milagre a acontecer! 


Não tente. Tire mesmo.

A palavra "tentar" encerra em si a probabilidade de não conseguir. Então deixe-se de tentativas e tire. Sem guardar chuchas escondidas para uma emergência às 3 da manhã. E principalmente sem pena.


Não tenha pena do seu filho por ser um bom pai/mãe e estar a fazer exatamente aquilo que ele mais precisa de si.




"Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atómica: a vontade."
Albert Einstein


catarina cortez | odontopediatria

segunda-feira, 8 de maio de 2017



As 5 principais causas de cárie na criança

De alguns anos a esta parte tenho vindo a diagnosticar e tratar cáries em crianças entre os 2 e os 12 anos.

A cárie é uma doença multifactorial, e como tal depende de várias causas.

Desses factores destacam-se três: tipo de dentes, açúcar e bactérias.

Há outros como medicação e PH da saliva. Mas esses são secundários.

De acordo com a minha experiência e a quantidade de entrevistas que faço aos pais antes de iniciar os tratamentos, considero 5 as principais causas de cárie na criança:

1ª - A criança escovar sozinha. É sem dúvida o número 1. Isolado. No topo. Sem hipótese de concorrência. É o Ayrton Senna da cárie.
Não há dente que aguente, nem doce que lhe bata.

2 - Não usar fio dentário. 
Já é raro os adultos usarem em si próprios, quanto mais num pequeno ser, com uma boca pequena e uma paciência pequena, ao final do dia, etc...
Quem não quer tem sempre uma desculpa. É uma das maiores causas de tratamentos dentários em adultos e crianças.

3 - escovar 1 vez/dia. Ainda que seja um adulto a escovar e fique muito bem feito, é insuficiente. A menos que a criança só comece a comer por volta das 17h, escovar só à noite normalmente dá azar uns meses depois. Então se for só de manhã, a cárie já entrou na sua casa pela porta principal com direito a champanhe de boas vindas!

4 - leite à noite, na caminha. A partir 18 meses isso tem de acabar. Se a criança ainda precisa ou gosta do seu leite, toma-o e escova-lhe os dentes depois. O leite materno também conta. Pode ser tão cariogénico como os outros.


5 - comer doces sem regras. Todos os dias pergunto às crianças (e aos pais) se vão à praia o ano inteiro. Obviamente que não, ou ficariam doentes.
Se comerem doces quando calha ou porque sim, ficam doentes também.
Então os pais têm de criar dias da semana para comer doces, e outros que não. Como há estações para se ir à praia, e não ir. Agora leia com muita atenção: independentemente da birra, cinja os doces aos dias estipulados e nos restantes não tenha doces em casa. Não vale a pena esconder, eles encontram.


 catarina cortez | odontopediatria

terça-feira, 2 de maio de 2017

O que nunca deve dizer à frente do seu filho no consultório dentário!

Muitas vezes durante as consultas deparo-me com conversas, à partida perfeitamente banais, mas em que os pais inadvertidamente colocam os seus filhos em risco de desenvolver ou crescer com medo do médico dentista. 


São coisas que lhes saem naturalmente em conversa, tanto comigo no consultório como em casa (imagino). E tenho a certeza que não é por mal, mas de boas intenções está o medo cheio. 

O medo é por definição uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente


O que os pais por vezes se esquecem é que são os modelos dos filhos. As crianças amam incondicionalmente os seus pais desde que nascem. E imitam incondicionalmente, copiam incondicionalmente, repetem incondicionalmente. Ora se o pai/mãe tem medo de dentista, o filho sente que também tem de ter.

E os pais também se esquecem que os filhos têm uma imaginação sem limites, e que não precisam ouvir a palavra "medo" para o sentir, e pressentir.



O top 5 daquilo que nunca deve fazer à frente do filho no dentista é mais ou menos o seguinte:

1 - Estou a acabar a consulta e digo à criança: portaste-te muito bem! Parabéns!
Resposta do pai/mãe: porta-se bem melhor que o pai/mãe (normalmente seguido de uma risadinha nervosa)


2 - "Olhe Dra, eu até nem me importo de ir ao dentista. O pior foi um tratamento de canal que me fizeram há 5 anos e acabei no hospital cheio de dores."
Na cabeça da criança qualquer tratamento é de canal. Eles não sabem o que é, nem nunca assistiram a um. Lembre-se que eles têm uma imaginação fértil, tanto para o bom como para o mau.

3 - "Ele porta-se bem e fica bem na consulta. Eu vou é saír porque se fico cá dentro desmaio" (RED ALERT) Diga que tem de fazer um telefonema, ir à receção marcar a próxima consulta, ou tomar um café ou contar quantos azulejos tem no WC da sala de espera!

4 - "Ele até gosta de ir ao médico. Estes alicates é que metem medo!!"
Não chame a atenção do seu filho para o que você não gosta.


5 - "Filho, vai ficar tudo bem. A Dra não vai fazer nada, é só para ver."
resultado: promete o que não pode controlar e a criança não só nunca mais confia nos pais, como no médico.

É muito importante que os pais não repitam as suas más experiências no médico dentista perto da criança. Você certamente não gostaria de entrar num avião e a hospedeira lhe dizer que estava cheia de medo por causa do vento, pois não?

Nem gostaria de estar à porta do bloco operatório e ver o cirurgião que o vai operar com as mãos a tremer.

A confiança ganha-se. Não se nasce com ela. Mas também se perde. E basta um segundo.

Não tire ao seu filho a confiança de que pode crescer amigo do dentista.




catarina cortez | odontopediatria




sexta-feira, 28 de abril de 2017

O que é o Aparelho INCOGNITO?

Há muitos aparelhos ortodônticos fixos para tratar diferentes problemas.
Estes dividem-se em dois grandes grupos: labiais e linguais.

Os primeiros são os denominados convencionais. São os mais utilizados e também mais económicos. As peças são coladas na face anterior/visível dos dentes e podem ser metálicos ou estéticos (cerâmica, safira, etc).

Mas todos estes aparelhos, mais ou menos transparentes, são sempre visíveis.

Os aparelhos linguais, como o INCOGNITO só são visíveis se você quiser. Estão colados na parte interna dos dentes.

A quem se destinam?

Qualquer pessoa pode tratar-se com INCOGNITO, dos 8 aos 80 anos.
Mas por se tratar de um tratamento inovador e altamente diferenciado, são procurados pelo paciente com maiores exigências estéticas, ou por aqueles que querem estar um passo à frente. Estima-se que dentro de 10 anos os aparelhos convencionais passem a fazer parte da história da medicina.

Precisa de aparelho, mas não se sente atraído pelos aparelhos convencionais? O INCOGNITO é para si.



catarina cortez | ortodontia






sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O maravilhoso mundo da Odontopediatria e da Ortodontia,


se tens filhos e eles têm dentes, este blog é para ti.
se o teu filho ainda não tem dentes, este blog também já é para ti.
se não tens filhos mas tens dentes, este blog poderá interessar-te.
se não tens filhos, nem dentes, bom.... fala deste blog aos teus familiares e amigos.
mas não deixes de espreitar primeiro!



catarina cortez | odontopediatria e ortodontia